A confeitaria brasileira vive transformações profundas — e poucas histórias ilustram tão bem esse momento quanto a de Michele Nascimento, jovem empreendedora baiana que viu seu negócio ganhar fôlego extraordinário graças a um fenômeno inesperado: o “Morango do Amor”.

Em um setor marcado por sazonalidade rígida, onde datas como Páscoa, Dia das Mães e Natal ditam o ritmo das vendas, julho costuma ser um mês desafiador. Mas em 2025, Michele protagonizou um feito notável: seu faturamento superou o recorde até então estabelecido na Páscoa, tradicionalmente o período de maior movimento para confeiteiras artesanais.

O segredo? Um doce viral, que combina simplicidade e apelo visual. O “Morango do Amor” é um morango fresco e generoso, envolto em brigadeiro de leite ninho e mergulhado numa fina casquinha crocante de caramelo — uma receita que conquistou as redes sociais e virou uma verdadeira febre nacional.

Mais do que a estética, o diferencial está na escala dos pedidos. Michele já recebeu encomendas de até 400 unidades em um único pedido, um volume inédito para sua operação. “Nunca imaginei que poderia receber pedidos desse tamanho tão rapidamente. Foi preciso adaptar toda a produção e a logística para atender à demanda”, comenta a confeiteira.

A viralização nas redes sociais foi determinante para essa escalada. Com uma estratégia eficaz de comunicação, Michele consolidou sua marca pessoal e transformou o Instagram em um canal de vendas poderoso, ampliando sua visibilidade e capturando uma nova base de clientes fiéis.

Além do impacto financeiro, essa história revela um movimento mais amplo no mercado da confeitaria artesanal: a capacidade de empreendedoras digitais de alavancar tendências virais, unir estética e sabor, e transformar momentos digitais em resultados reais e mensuráveis.

Para Michele, o Morango do Amor não é só um doce — é um case de sucesso que prova como timing, visão e execução podem redefinir negócios tradicionais, mesmo em períodos historicamente lentos. Um verdadeiro exemplo do potencial da confeitaria digital no Brasil contemporâneo.