Darfiny
Você Não Precisa de Marketing. Precisa de Arte.

Esqueça tudo o que você aprendeu sobre marketing. Arregace as mangas e prepare-se para construir uma marca forte, de alto valor. Uma marca que não disputa por preço, nem se preocupa com a concorrência. Porque, nesse universo, ela simplesmente não existe.
Você realmente acredita que a Chanel está preocupada com o que a Dior está fazendo? Claro que não. Marcas autênticas e originais criam a partir do DNA de seus fundadores e, por isso, se assumem como únicas. Ao abraçar sua identidade, deixam de olhar para os lados. Afinal, o que é singular não precisa competir.
Nesse contexto, o marketing tradicional perde força. Não são necessárias estratégias de consumo em massa para tornar um produto desejável. Não por acaso, a Hermès já declarou publicamente que nunca teve um departamento de marketing. E nem precisou.
O que mais me encanta no universo do luxo é a fidelidade com que as grandes maisons honram suas identidades. Elas não seguem tendências, elas as criam. Por isso, tudo o que nasce nesse universo logo se espalha como desejo no varejo. O que se cria aqui é tão magnético que o resto do mundo precisa copiar.
Também não é coincidência que o cargo mais relevante dentro de uma marca de luxo seja o de diretor criativo e não o CEO. É ele quem traz a alma do negócio, conectada diretamente à arte.
A verdade é que quando uma marca é associada à utilidade, ela tem prazo de validade. Mas quando é associada à arte, torna-se atemporal. Ganha eternidade. No universo da arte, tudo carrega um significado, nada é por acaso. E quando essa intenção se une à excelência na execução, à qualidade e à competência, o luxo não precisa convencer ninguém. Ele simplesmente encanta.
Ele desperta desejo de forma sutil, magnética e imediata. Ditando valores culturais, preservando saberes artesanais ameaçados pela industrialização, e refinando o olhar do consumidor para o que é, de fato, bom.
O valor, nesse cenário, é inestimável. O preço vira mero detalhe. Não há disputa. Não há gritaria. Não há comunicação barulhenta, cansativa ou apelativa. Quem reconhece o verdadeiro valor não precisa de ruído. Marcas artisticamente fortes falam baixo, mas dizem muito.
São marcas que falam uma linguagem invisível, feita de símbolos, silêncios e escolhas. Encarnam um estilo de vida e refletem, em cada gesto, a visão do criador.
Apreciar a arte, no fim das contas, é colocar valor onde ele realmente importa: no talento humano. E transformar esse talento em uma marca verdadeiramente autêntica é o que eleva um simples negócio à condição de obra-prima.
COMENTÁRIOS