Há bebidas que marcam épocas. Outras, porém, conseguem atravessar gerações sem perder o frescor — e ainda se reinventam no caminho. O expresso martini é uma delas. Criado nos anos 1980, a partir da provocação de uma cliente que queria algo que a mantivesse “acordada e animada”, o coquetel transformou uma simples xícara de café em experiência noturna.

A combinação parece simples: café expresso, vodka e licor de café. Mas a alquimia acontece no shake. É ali, no movimento rápido e vigoroso, que a bebida ganha sua espuma cremosa e inconfundível, a mesma que hoje é clicada e compartilhada nas mesas mais elegantes do mundo.

Parte café, parte coquetel, o expresso martini encontrou seu espaço entre opostos: serve tanto para abrir uma noite quanto para fechá-la com classe. Harmoniza com sobremesas densas de chocolate, cria contraste ao lado de frutas ácidas e até dispensa acompanhamento, quando a intenção é simplesmente estender a conversa ao redor da mesa.

Não se trata apenas de sabor, mas de atitude. O drink carrega consigo uma aura cosmopolita, vibrante, feita para quem não tem pressa de voltar para casa. E talvez esteja aí o segredo da sua longevidade: mais do que moda, o expresso martini se tornou estilo de vida — elegante, intenso e memorável, como deve ser a boa gastronomia.